Segundo a Veja desta semana, os livros de Monteiro Lobato, apesar de considerados racistas pelo Conselho Nacional de Educação em 2010, não passaram a ser rejeitados por negros. Pelo contrário, Lobato continua em primeiro lugar na lista de autores brasileiros preferidos dos entrevistados. É isso que revela uma pesquisa feita pela Biblioteca Nacional com 800 negros em bibliotecas públicas do país. Nem Jorge Amado e Paulo Coelho suplantaram o criador de Emília.
Mas ao dar uma olhada nas declarações de Lobato é possível encontrar afirmações no mínimo polêmicas. Um exemplo é essa que ele fez após uma estada de quatro anos nos EUA:
"Eu por mim, não sairia mais daqui, porque o Brasil torna-se grotesco visto de longe. Infelizmente, a família é um cordão umbilical que me prende a essa cataplasma. Só agora meço em extensão o atraso infinito, e a estupidez maior ainda, da nossa gente. Somos África pura" *.
* Lobato, Monteiro. Cartas Escolhidas, tomo I, 19927, p. 204.
Que bomba, heim? mas tenha-se em mente que o país nessa época era menos desenvolvido que hoje, para usar um eufemismo para atraso. Então vamos dar um desconto para Lobato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário